A melhor pedida desta semana para os headbangers que estão na capital paulista é, sem dúvida, o Free Pass Metal Festival, que reúne nesta quinta (dia 9) dois gigantes do metal na mesma noite: Anthrax e Accept. Ícone do thrash metal, ao lado de Metallica, Slayer e Megadeth, o Anthrax apresenta a turnê de seu álbum mais recente, o ótimo For All Kings, lançado em 2016. Eles fecham a noite no Tom Brasil. Antes, os alemães do Accept sobem ao palco apresentando a turnê The Rise of Chaos World Tour. Mais informações abaixo:
Line-up
20h30: King of Bones
21h20: Accept
23h: Anthrax
Data: quinta-feira (9 de Novembro de 2017) Local:Tom Brasil Endereço: Rua Bragança Paulista, 1281,Chácara Santo Antônio, São Paulo (SP) Classificação etária: 14 anos Capacidade: 4000 pessoas Ingressos: Ingresso Rápido
Se fosse você não perdia o Overload Music Fest, que rola neste sábado (16/9), em São Paulo. É a quarta edição de um dos festivais que mais se esforça para trazer novos nomes do metal ao país, formando um line-up interessante que aponta para o futuro do gênero musical. Na falta de uma definição melhor, as bandas que se apresentam no evento — Enslaved, Sólstafir, Les Discrets e John Haughm — misturam black metal, shoegaze, rock progressivo e elementos eletrônicos. Lembrando: o festival rola no sábado (16/9), a partir das 16h30, no Carioca Club (casa de pagode que costuma abrigar metaleiros eventualmente, ali perto do Largo da Batata). Saiba mais aqui -> Facebook do festival.
Line-up 17h30: John Haughm (EUA) 18h30: Les Discrets (França) 20h15: Sólstafir (Islândia) 22h: Enslaved (Noruega)
Serviço Data: 16/9/2016 (sábado) Local: Carioca Club Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899, Pinheiros (próximo ao metrô Faria Lima) Abertura da casa: 16h30 Início dos shows: 17h30 Ingressos: R$ 200 (estudante e promocional) a R$ 400 no Clube do Ingresso Classificação etária: 16 anos
Os caras do Lacerated and Carbonized: o Rio dos infernos
Já que o rock nacional continua no mundo da fantasia, cantando letras de amor no meio da bagunça institucional que o país vive, o jeito é olhar para o metal. A banda Lacerated and Carbonized, do Rio de Janeiro, lançou no fim de 2016 um dos discos que melhor traduzem o momento atual, Narcohell. Cantando em inglês e português, algumas músicas misturam os dois idiomas, o grupo foca no caos carioca, mas o discurso pode se estender para todo o Brasil. É uma paulada da melhor qualidade, sem medo de disparar fúria para todo lado.
Além das letras contundentes, o som do LAC (como eles gostam de abreviar) é um death metal rápido e feroz. Muito foda! O segundo disco dos caras, The Core of Disruption, de 2013, já tinha se destacado naquele ano, com músicas como O Ódio e o Caos e Third World Slavery. Repetindo a parceria com o produtor alemão Andy Classen, que já trabalhou com bandas como Krisiun e Tankard, o novo Narcohell mostra que Jonathan Cruz (vocal), Caio Mendonça (guitarra), Paulo Doc (baixo) e Victor Mendonça (bateria) se consolidam como um dos nomes mais fortes do metal nacional.
Saca só abaixo a faixa que dá nome ao álbum: Narcohell.
A Liberation acaba de anunciar mais uma importante atração de seu festival que comemora os 25 anos da produtora: Lamb of God toca no dia 25 de junho em São Paulo, no evento que rola no Espaço das Américas e já tem como headliner o lendário King Diamond, além de bandas de peso como Carcass e Heaven Shall Burn. O Lamb of God retorna à capital paulista depois de cinco anos.
Um dos principais representantes da New Wave Of American Heavy Metal, a banda americana de Richmond, Virginia, foi formada com esse nome em 1999 (antes, apresentava-se como Burn the Priest). Hoje, tem como integrantes Randy Blythe (vocal), Mark Morton (guitarra), Willie Adler (guitarra), John Campbell (baixo) e Chris Adler (bateria).
No repertório, devem tocar músicas como “Laid to Rest”, “Ruin”, “Redneck”, “Walk with Me in Hell”, “Black Label” e “Set to Fail”, entre outras. Um dos álbuns mais celebrados do grupo, As The Palaces Burn, foi lançado em maio de 2003 e vendeu mais de 200 mil cópias só nos Estados Unidos. O disco seguinte, Ashes of the Wake, primeiro lançamento em parceria com a Epic Records, consolidou de vez a banda como um expoente do novo metal. O lançamento mais recente do Lamb of God foi VII: Sturm und Drang, de 2015.
O serviço completo do Liberation Festival pode ser visto aqui.
Difícil achar rótulos para definir o que fazem os caras do Deafheaven. Sem dúvida, o som dessa banda da Califórnia é uma das coisas mais originais que ouvi nos últimos tempos. Não falo isso pensando apenas nas fronteiras do metal, penso na música em geral. O black-metal-viajandão-indie do grupo tem provocado opiniões apaixonadas, para o bem e para o mal. Pendo mais para o lado positivo.
Ouvi, em 2013, o álbum que os projetou, Sunbather, que ficou no topo da lista de melhores do ano de várias publicações respeitáveis, a exemplo do site Pitchfork, que, é bom ressaltar, não é especializado em heavy metal. Como tudo o que é novo, não é simples assimilar o som da banda, longe de ser um prazer fácil, mas, quando você apaga as luzes do quarto e se concentra no que ouve, a coisa toma uma forma monumental. A começar pela capa rosa de Sunbather, que engana quem espera algo ensolarado, tudo é novo.
A maneira como eles alternam momentos melancólicos, raivosos, sombrios e, às vezes, idílicos em canções com mais de oito minutos chamou a atenção de um público fora do cluster metal. Na falta de uma definição mais precisa, fala-se da sonoridade como post-metal e blackgaze, o que bandas como Isis e o duo francês Alcest já faziam. Acho, no entanto, que o Deafheaven vai além.
O grupo da Califórnia se apresenta pela primeira vez em São Paulo
Queria muito saber como eles se comportavam no palco e, no último domingo (sempre domingo, porque imagino que o aluguel da casa de shows é mais barato), fui à primeira turnê do Deafheaven no Brasil, divulgando por aqui o álbum mais recente, New Bermuda, de 2015. Vi o show de São Paulo, no Clash Club, que aos domingos tem se tornado um reduto de metaleiros.
Já tinha ouvido falar da energia do Napalm Death no palco, mas nunca tinha ido a um show dos caras. No domingo (26/6), o lendário grupo inglês que botou o espírito punk no metal tocou no Clash Club. Fui lá ver e pirei! Sem dúvida, é a banda que mais incendeia o público ao vivo. Desde a primeira canção, Mass Appeal Madness, formou-se uma imensa roda de metaleiros enlouquecidos que só se desfez depois de Smear Campaign, que encerrou a noitada.
A impressão é que Mark “Barney” Greenway, vocalista e homem de frente do Napalm Death, teve um ataque epiléptico bem no início da apresentação e foi curar depois que apagaram as luzes. Ele berra, treme, chuta o ar, corre e se joga no palco com a disposição de um moleque de 15 anos. (Mark já tem 46 anos). Tudo é rápido demais, seco, brutal, uma paulada sonora sem preocupação com melodias. E, mesmo que você não seja fã da banda, vai embarcar na proposta. Continuar lendo →
Max Cavalera comanda o Soulfly no Audio Club (Foto: Edu Lawless)
Max Cavalera ofereceu tudo o que os metaleiros desejavam neste domingão no Audio Club, em São Paulo. À frente do Soulfly, o lendário vocalista do Sepultura misturou um apanhado de hits da ex-banda, canções novas do disco Archangel e combinou homenagens a Lemmy, do Motörhead, Pantera, Metallica, Iron Maiden… A apresentação, que teve abertura dos paulistanos do Project46, fez parte da turnê do Soulfly pela América Latina. Antes, eles rodaram o país com passagens por cidades como Fortaleza, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto e Florianópolis.
D.R.I. em show na Austrália (Jana Perry/Divulgação)
Não é a primeira vez que a banda americana D.R.I. decepciona os fãs da América do Sul. Na semana passada, os caras anunciaram em cima da hora o cancelamento da turnê por países como Chile, Argentina, México e Brasil. Na versão deles, bastante contestada pelos fãs e responsáveis pelas apresentações, houve falhas no pagamento antecipado e na reserva de voos. Ontem (terça), o grupo tocaria no Inferno, em São Paulo, e hoje (quarta) no Teatro Odisseia, no Rio de Janeiro. Não rolou de novo.
É a segunda vez que o D.R.I., um dos nomes mais fodas do crossover dos anos 80 (gênero que mistura trash e hardcore), cancela shows por aqui. Em 2014, a tour pelo Brasil foi suspendida porque os integrantes da banda alegaram que não tiveram tempo suficiente para tirar os vistos necessários para entrar no país. Ou seja, o histórico dos caras não tá favorável.