Rotten Pieces: é bom ficar de olho nesses moleques!

Davi Menezes (bateria), Leo Morales (vocal/baixo) e Lucas Putini (guitarra)
Davi Menezes (bateria), Leo Morales (vocal/baixo) e Lucas Putini (guitarra)

Vi os moleques do Rotten Pieces em ação, pela primeira vez, abrindo para o Krisiun em São Bernardo do Campo. Fiquei impressionado com a maturidade do som e a energia no palco, levando em conta que os três integrantes da banda de death metal têm menos de 20 anos. É a novíssima geração do metal trazendo um som brutal para a cena nacional. É bom ficar de olho neles!

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Formado por Leo Morales (vocal e baixo), Lucas Putini (guitarra) e Davi Menezes (bateria), o grupo acaba de lançar o primeiro EP, Rot in Pieces, composto de seis faixas e produzido por Léo Magma. Dá para ouvir completo aqui. Gostei do álbum (e do show) porque não há frescura nem excessos, frases ou solos dispensáveis. Eles vão direto ao ponto, têm bons riffs de guitarra, uma voz gutural que ecoa o Sepultura e uma bateria rápida e precisa. Parece coisa de gente grande!

De tão entusiasmado, pedi para acompanhar um ensaio deles num estúdio em Santa Cecília, em São Paulo, onde eles tocam, às terças e quintas, por duas horas. Aproveitamos para conversar.

Ensaio da banda num estúdio em São Paulo
Ensaio da banda num estúdio em São Paulo

O Rotten Pieces tem um ano e meio de estrada. Nasceu em São Caetano após um concurso de música do colégio. Leo Morales, que já tinha participado de outras cinco bandas, entre elas a Dioxina, apresentou a ideia a Lucas, na época com 15 anos. Davi, ex-baterista da Dioxina, embarcou no projeto a convite do Leo. Eles lembram que o primeiro ensaio da banda, em dezembro de 2013, basicamente de covers do Sepultura, foi um desastre.

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Leo contou que “cada um tirou uma música diferente e nada se encaixava”. Eles queriam fazer um som tão pesado quanto o do Death, do Slayer e do Cannibal Corpse, três referências declaradas do trio. A primeira música própria foi Colony, que fecha o EP Rot in Piece. Aos poucos, ganharam confiança e maturidade. “Antes, eu achava que a música sempre tinha que ter um solo fodidaço, queimando a guitarra. Com o tempo, descobri que não é bem assim”, diz Lucas.

Tudo foi rolando de forma natural. Lançaram o single The Refuge of Suicidals, gravaram o EP de estreia, em quatro dias, e começaram a tocar em festivais pelo país. Neste fim de semana, eles sobem ao palco do Underbands Metal Fest, em Caçador, Santa Catarina. Isso não quer dizer que conquistar espaço no cenário do metal é coisa fácil. Leo acha que deveria rolar uma união maior das bandas de underground: “Tem muita panelinha”. Lucas concorda: “A gente tem que se ajudar. As bandas, às vezes, se boicotam por um espaço”. Vida longa ao Rotten Pieces!  

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