Só se fala no Gojira. E não me refiro ao monstro japonês

Gojira lança novo álbum Fortitude

O Gojira tá ficando grandão! Assim como o monstro japonês que dá nome à banda francesa.

Não é de hoje que eles são considerados por muita gente como a melhor banda de metal dos últimos anos. Está entre as minhas preferidas também. Fortitude, o novo álbum dos caras, chegou com o peso e a responsabilidade de um nome que tem assumido a dianteira da nova cena do metal.

Com letras engajadas (que tocam em temas como a preservação do meio ambiente e o aquecimento global) e uma levada que começou mais death metal e passou por experimentações progressivas, o som do Gojira evolui naturalmente rumo ao mainstream, sem perder, por enquanto, a identidade.

De single em single, a expectativa em torno de Fortitude cresceu entre a imprensa especializada e os fãs e, mesmo antes de ser lançado, já aparecia com potencial de álbum do ano. No site Metacritic, o disco alcançou mais de 90 pontos (no máximo de 100) na avaliação dos usuários e 81 na opinião dos críticos. Sam Dunn, do BangerTV, um fã declarado da banda, deu 4 de 5 estrelas. Até Randy Blythe, do Lamb of God, não se aguentou e escreveu para a Metal Hammer dizendo que os franceses “elevaram o nível” mais uma vez.

Na minha humilde (e insignificante) opinião Fortitude não é o melhor álbum do Gojira, mas é bom demais. A sequência das três primeiras músicas — Born for One Thing, Amazonia e Another World — é matadora! Bota aí pra ouvir e deixe seus comentários. Tem ótimos riffs, potência, melodia e, claro, um monte de pick scrape (a técnica de guitarra que virou marca registrada da banda).

+ A volta explosiva da Nervosa

Aliás, Amazonia traz uma mensagem importante dos franceses contra o desmatamento e em apoio aos povos indígenas que vivem na região. É mais do que uma música. Faz parte de uma iniciativa da banda para arrecadar fundos para a preservação desse ecossistema. O vocalista e guitarrista Joe Duplantier, que entrou em contato com os líderes Sônia Guajajara e Jaqueline Kaiowá, criou um canal que incentiva doações.

E não é que o começo de Amazonia tem o som de um berimbau elétrico que me lembrou muito a fase Roots Bloody Roots do Sepultura. Me parece uma homenagem, já que estão falando do Brasil.

O que vejo na trajetória do Gojira é a imersão cada vez mais constante no rock mais progressivo, que não é pesado o tempo todo e tem nuances melódicas, acompanhando o caminho de Magma, o álbum anterior a Fortitude.

Em 2013, um ano após o lançamento de L’Enfant Sauvage, vi o Gojira no Monsters of Rock, numa tarde ensolarada na Arena Anhembi que tinha um line up dominado por bandas do velho nu metal, como Korn e Limp Bizkit. Ninguém deu muita bola pros caras! Nem a organização do evento, que os colocou pra tocar com o sol rachando do meio-dia, gente ainda chegando, outros comendo hambúrguer e procurando uma sombra. Eu gostei do que vi, mas não imaginava a projeção que eles ganhariam.

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