A série “True Detective”, de Nic Pizzolatto, tem rendido teorias e mais teorias sobre referências pagãs, rituais demoníacos e outras coisas do gênero que a gente mais gosta. Decidi reunir aqui alguns símbolos escondidos que podem ter passado batido para quem acompanhou a primeira temporada.
A impressão que dá é que Pizzolatto adora brincar com as pistas, inserir elementos para desafiar o espectador. Acredito que nem tudo o que sugere algo quer realmente dizer alguma coisa. Mas não deixa de ser divertido ficar caçando pelo em ovo. O crédito do que vem abaixo é todo do escritor Michael Hughes, que, no ótimo site io9, foi o primeiro a realmente se debruçar sobre a série, pausar e voltar cenas a fim de revelar dados ocultos. Confira oito cenas enigmáticas.
1. O diário de Dora Lange
No segundo episódio da série, o detetive Rust Cohle (Matthew McConaughey) encontra o diário de Dora Lange, a prostituta que foi morta num suposto ritual satânico. Referências ao livro de contos de terror “The King in Yellow”, obra do escritor americano Robert W. Chambers publicada em 1895, estão rabiscadas no caderno.
Um dos trechos é reproduzido fielmente: “Along the shore the cloud waves break/The twin suns sink behind the lake/The shadows lengthen/In Carcosa/Strange is the night where the black stars rise”.
2. A tatuagem no pescoço de Carla
Carla, a personagem que diz aos investigadores que Dora havia frequentado uma estranha igreja antes de morrer, tem estrelas pretas tatuadas no pescoço. Esses elementos também remetem a um dos versos do livro de Chambers: “Strange is the night where the black stars rise”.
3. A espiral dos pássaros
Quando o detetive Rust Cohle deixa uma igreja em chamas, durante a investigação do assassinato de Dora, ele olha para o alto e vê no céu pássaros que num voo caótico formam uma espiral negra, o mesmo elemento tatuado nas costas da vítima.
4. A espiral de novo
Em várias cenas o símbolo de uma espiral aparece. Numa delas, ele pode ser visto na parede da casa de Martin Hart (Woody Harrelson), como se fosse um desenho de sua filha. Essas evidências apontam, segundo fãs, o detetive (ou seu pai, que tem uma brevíssima aparição) como um dos suspeitos pelas mortes.
5. O sinal da cruz invertido
No terceiro episódio, o pastor Joel Theriot, cujo nome é quase idêntico a Therion, que, em grego, significa “A Besta”, faz o sinal da cruz no peito em ordem invertida, da direita para a esquerda. (Não consegui foto para ilustrar essa cena).
6. O monstro com cara de macarrão
O desenho de um homem com o rosto coberto de espaguete, que teria perseguido uma jovem na floresta, faz referência à figura pagã do “green man”. Em outra interpretação, a figura se refere à mítica criatura criada pelo escritor americano H.P. Lovecraft, Cthulhu.
7. O retrato na casa da mãe de Dora
Uma estranha fotografia pode ser vista na visita que Martin e Rust fazem à casa da mãe de Dora. Cavaleiros mascarados aparecem na imagem como se participassem de um ritual pagão. Lembram também integrantes da organização racista Ku Klux Klan, que perseguiu negros nos EUA.
8. As latinhas amassadas de Rust
Enquanto responde entediado aos questionamentos dos investigadores, Rust amassa latinhas de cerveja, depois de bebê-las, e monta bonequinhos que parecem compor a cena de um crime.
Uma cena semelhante, se substituirmos latinhas por bonecas, pode ser vista no quarto da filha de Martin.
[…] de ser um boa história de serial killer, aos moldes de True Detective e da série sueca Millennium, O Assassino de Valhalla tem o encanto de nos apresentar outra […]
[…] você é fã de histórias de crime, do tipo True Detective e Mindhunter, já se joga no sofá hoje à noite e bota lá na […]