Os ábuns de heavy metal têm nas capas uma atração à parte. É dos poucos gêneros musicais que se preocupam com o que será estampado na cara do CD, LP, DVD etc. No lugar do retrato óbvio dos integrantes da banda, muitas vezes em poses constrangedoras, opta-se por usar a ilustração de um artista. A imagem reproduz o clima do disco, bota o mascote do grupo em ação ou conta uma história. Três caras tornaram-se célebres por esse trabalho, saiba mais abaixo.

Vince Locke
Sua HQ “A History of Violence”, feita com o escritor John Wagner, inspirou o ótimo filme “Marcas da Violência” (2005), do canadense David Cronenberg. Locke é mais escatológico nos traços, adora explorar as tripas para gerar efeito visual e mostrar humanos em decomposição. Fez com o grupo de death metal Cannibal Corpse uma parceria seminal, que ajudou a criar a identidade visual do gênero. As capas de “Butchered at Birth”, “Tomb of the Mutilated” e “The Wretched Spawn”, entre outras, são de Locke.
H.R. Giger
O lendário alien de Ridley Scott foi desenhado por Giger, que recebeu um Oscar de efeitos visuais em 1980 pelo trabalho. O artista suíço combina seres sobrenaturais com um toque futurista, dando às obras tons mais escuros. É de sua autoria a capa de “Heartwork”, da banda inglesa Carcass, “To Mega Therion”, do Celtic Frost, e, indo mais para o rock progressivo, a de “Brain Salad Surgery”, do Emerson Lake and Palmer.
Ed Repka
O artista americano foi um dos primeiros a criar desenhos apocalípticos para ilustrar capas de discos. Seu trabalho com o Megadeth –ele inclusive ajudou a desenhar o mascote da banda– é marcante. Cores vibrantes retratam criaturas esqueléticas e zumbis no comando de um mundo destroçado, como se tudo se passasse após um desastre nuclear. Os traços de Repka são aterrorizantes e divertidos ao mesmo tempo, semelhantes ao que se vê nas HQs. Ele já foi requisitado por bandas como Nuclear Assault, Napalm e Death.
quanto ele deve cobrar por um trabalho de ilustração de Ed Repka para um disco
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Impressionante !!!