Metal brasuca no Sesc Belenzinho

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Lacerated and Carbonized no Sesc Belenzinho (Divulgação)

Já faz um tempo que me chama a atenção a programação dedicada ao heavy metal nacional do Sesc Belenzinho, na zona leste de São Paulo. Não é algo comum de se ver . O Sesc, em geral, prefere dar espaço à MPB, ao samba, às vezes a uma banda indie brasileira, mas o metal, como acontece no resto do mercado, é ignorado. Resolvi ir mais a fundo e descobrir quem estava por trás dessa elogiável iniciativa.

O projeto, criado em 2014 pelo Núcleo de Música e Artes Cênicas do Sesc Belenzinho, se chama Música Extrema e já pôs no palco da unidade localizada no bairro de Belém mais de 100 bandas de metal, punk e hardcore nacional, como Ratos do Porão, Genocídio, Angra, Krisiun, Holocausto e Pupilas Dilatadas, entre outras. Conversei com o Sandro Eduardo, um dos curadores do programa, que explicou por que ele nasceu: “O projeto nasce da necessidade da democratização da circulação de projetos artísticos na cidade”.

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Apesar de eventualmente circular pelos palcos do Sesc alguns grupos de punk e rock, o Música Extrema tem foco exclusivo no heavy metal nacional. Oferece um espaço com ótima estrutura e preços acessíveis a bandas que ralam para pagar as contas e sobreviver na indústria da música. Isso é muito legal!

“O punk e o metal no Brasil têm papel fundamental na construção de um cenário criado, quase que em sua totalidade, na base da autogestão. Temos muito o que aprender com isso”, diz Sandro, que divide o papel de selecionar esse programação com Maria Eduarda Kalil e Glauce Passeri.

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Mas por que o Sesc Belenzinho? Sandro esclarece que “a região sempre teve uma tradição de casas de rock — Led Slay, Fofinho Rock Bar, Bar do Aranha — e consideramos de grande importância entender e dialogar com a região onde estamos localizados”. A média de público do projeto é de 300 a 400 pessoas por show, o que pode ser considerado um ótimo número.

A última apresentação rolou no dia 16 de junho, com a apresentação do grupo Panndora, de Maringa, interior do Paraná, que já tem sete discos gravados e 18 anos de carreira. Em 28 de julho, a banda Volkana toca o repertório do disco First, de 1990.

Vida longa ao Música Extrema!

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