NOSFERATU (1922), de F. W. Murnau
Este clássico de Murnau tem o poder de reproduzir o clima assustador e decadente do período entreguerras (um representante do expressionismo alemão) e será sempre lembrado como o primeiro grande filme de vampiro. Apesar de não ser uma adaptação legítima, a história é toda baseada no “Drácula”, de Bram Stocker. Murnau roubou a história na cara dura, depois teve problemas na justiça. Aqui, a criatura interpretada por Max Schreck é um doente grotesco, careca, com orelhas de morcego e dentes de coelho. Longe de ser uma figura sedutora e atraente. Nesta cena, sua famosa sombra aparece invadindo o quarto da mulher de Hutter, enviado a Transilvânia para vender uma propriedade ao conde Orlok.
O EXORCISTA (1973), de William Friedkin
Tudo o que veio depois de 1973 sobre garotas indefesas possuídas pelo demônio é cópia deste clássico de Friedkin, em que a atriz Linda Blair blasfema, vomita um jato verde, masturba-se com um crucifixo, levita e desce a escada como uma aranha alucinada. A história foi inspirada num caso real de exorcismo nos EUA em 1949. Até o cartaz é um primor, com um jogo sinistro de claro e escuro cujo propósito é anunciar que algo terrível está para acontecer. Entre tantas cenas antológicas escolhi a que Blair gira o pescoço em 360º.
SUSPIRIA (1977), de Dario Argento
Depois de Mario Bava, o italiano Dario Argento é sem dúvida o nome mais importante do horror naquele país. Faz um cinema estilizado, extravagante e explora o caráter sobrenatural dos sonhos. Merece o título de um dos pais do cinema giallo (tramas associadas a uma série de assassinatos). “Suspiria” é seu filme mais famoso. Dá para experimentar o universo do cineasta na cena abaixo. Atenção para os gestos coreografados e para a insana música da banda de rock progressivo Goblin (gritos, sintetizadores, sussurros…)
SCANNERS (1981), de David Cronenberg
O mais legal de ver os filmes do canadense Cronenberg é perceber a sua obsessão pela mutação do corpo humano, como um membro pode virar uma máquina e como a mente tem o poder de degenerar as pessoas. É um dos cineastas mais sofisticados do horror. Transforma a psicologia em imagens como poucos. “Scanners” não é o seu melhor filme, mas a cena em que o telecinético Revok causa a explosão de uma cabeça num auditório é fenomenal.
O SILÊNCIO DOS INOCENTES (1991), de Jonathan Demme
Tem o mérito inquestionável de ser o único filme de terror a ganhar o Oscar de melhor filme. Pensando nos velhinhos conservadores que formam a Academia, é de tirar o chapéu. Aqui, Jodie Foster faz uma agente que precisa da ajuda de um psiquiatra canibal (Hopkins) para entender a mente de um assassino. Demme trabalhou com Roger Corman (o mestre do filme B) no começo da carreira. Na cena a seguir, Dr. Lecter morde um policial na cela, lambuza a boca de sangue e escapa da prisão.
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